quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Às vezes acontece. E o que você faz a partir disso?

"Foi através do vento, brisa lenta, que ao dançar pela pista foi semeada ao chão duro e "calcário", onde não havia espaço, não havia adubo, não havia um lugar que se houvesse a possibilidade de escolha não seria ali o seu assento. Contudo, ali mesmo, logo ali foi o seu depósito. Naquele lugar aparentemente saudável, amistoso e calmo. Aparentemente! ".

Seguidamente, a história caminhar-se-á a um desfecho. Póstumo, eu diria. No entanto, o encarno daquilo que não se cala ao ser pensado. À margem, segue. Adiante. Registra o começo, porém o fim pode ser o contrário...

"O aparente naquele lugar, era algo distorcido. Não havia uma posição, um local, ou melhor, outra lente que pudesse tornar o foco ou em foto o que ali se transparecia. Aos olhos da pequena, tudo era grande, amedrontador e com olhos famintos, feios, ferozes e ruim. E ela alí, pequenininha ainda. Era alí mesmo que a brisa queria que ela ficasse. Ainda deu um empurrãozinho, ajustando-a melhor no local, logo a brisa não queria ser odiada. Não havia escolha, não tinha como fugir, não sentia mais o frescor de um vento suave passarelando por onde estava. Sem sombra de dúvida, era alí que tinha que ficar e sabia que ao se atentar para tal enfrentaria várias intemperanças. Pois é, de momento o tempo foi caminhando. Aos poucos não era mais pequena. Desenvolvia-se para cima e para baixo, não essa fosse, também, a sua escolha, mas era sensível às suas mudanças. Percebia-se compatível com aquilo. Não era mais frágil, nem tão pouco medrosa. Pelo contrário, lutava fortemente "pelo seu lugar ao sol". Esticava-se para cima e no mesmo ritmo fincava-se no inóspito. Verde e encantadora não se deixava abalar por orgulho de si mesma. Pelo contrário, sabia que se daquela maneira transformando-se, proveniente das ações que dali foram possível ser feitas, mantinha-se em seu lugar. Aquele mesmo lugar, onde fora fixada. Àquele acontecimento, sua escolha foi: crescer."  

E aí, aconteceu! E agora?

(G.b.)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

The Game.

O jogo começa com dois competidores. Ambos defendendo os seus "desejos", espaços, sentimentos agradáveis de querer chegar ao ápce do poder. Uma briga que pode, no início, até sangrar. Indivíduos que se engajam em uma luta com resquícios de cooperação. Alto custo energético. Proventos. Raiz de um processo. Resultados? Uma nova vida. Uma nova carta é lançada fora do baralho, com choros, balbucios, pequenos arco-reflexos como o sorriso. Dizem que se parece com um joelho, no começo, mas logo ganham seu espaço, mimos entre outros.
Até certo ponto este princípio é rodeado de cuidados, porque, claro, esta "carta" fora do baralho necessita de suporte, de alguém ou alguns que garantam a sua sobrevivência. Entretanto, com o passar do tempo às coisas mudam. Não é mais preciso que suas mãozinhas sejam seguradas evitando quedas e ferimentos graves. Com a série ininterrupta e eterna de instantes, por si só, descobre novas coisas, caminhos e lugares. Os anos vão passando e as experiências sendo acumuladas. Erros e acertos vão se dividindo. A realidade vai se materializando de modo a deixar claro que VIVER é difícil. Come-se mais arroz, feijão, macarrão, açúcar para dar conta de tanto gasto energético. Alguns ultrapassam o limite e ficam obesos e hipertensos, mais um desafio a ser combatido neste jogo.
De infanto para juvenil. De juvenil para adulto. De adulto para velho ou idoso para ser mais eufemístico. Um decurso, onde às vezes pode ser interrompido com as surpresas deste período, onde se respira, come, bebe. -Vai uma água ou uma vodca? Escolhas! Um rumo que cada pessoa ei de ficar: entre. Entre uma coisa e outra. Entre um sim ou um não. Entre sair ou entrar. Entre o vermelho ou o preto. Dúvidas que exaltam os ânimos liberando emoções e mais uma vez o "DESEJO" ou "DESEJOS". Mas há um porém, não se pode ter tudo que desejas, porque para obter algo exige-se preferências e estas eliminam as opções. Pode escolher o fio verde, ou vermelho, ou amarelo, mas se lembre de que junto virá uma consequência, pode ser ela boa ou ruim e as chances de mudanças provém desse instante.
Às vezes, não como acidentes, consequências boas acontecem. São frutos do flerte entre o certo e o errado, de um acordo entre o que estava predestinado e o quanto lutou para alcançar o desejado. São escolhas como estas que demonstram o lugar onde a vida acontece. Mas, e se não der certo?
E SE deste exercício ou passatempo entre você ("carta" fora do baralho) e a VIDA, onde um ganha e outro perde, a derrota for consumada, lembre-se: há um recomeço. É como na luta travada por seus pais no octógono e seus lençóis, onde foi possível gerar uma nova vida. Recomeçar também o é!

(G.b)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ajustando o "foco"

Pode acontecer de o dia começar cinzento. Pode acontecer do mesmo começar chuvoso. Pode acontecer de acordarmos atrasados ou até mesmo quatro horas antes do horário costumeiro. Há possibilidade de que acorde bem e durma mal. De que o dia seja bom para uns e ruim para outros. Suceder inesperadamente aquele pedido de casamento ou aquele término de namoro por sms trocadas ao telefone. Sobrevir aquilo que tanto se esperou e correu atrás para que um dia pudesse, em momento de júbilo, sentir-se bem e realizado. Pode ocorrer o contrário, também. Pode dar um sorriso a uma pessoa desconhecida. Pode, segundos depois, evitar um conhecido. Pode ser que algo seja suficiente. Que a diligência militante não seja mais eficaz. Possibilidades! Vivemos em um mundo onde tudo é possível.
Um sonho pode se tornar realidade. Uma realidade pode virar um pesadelo. Do lado contrário tudo é diferente. Você pode olhar o cinza do céu como uma mistura de preto e branco ou que Deus não acendeu a luz para que pudesse dormir mais um pouquinho. Que as gotinhas da chuva massageiam a pele ao tocá-la. Que as horas podem ser deixadas de lado. Compreender que ao olhar o espelho não é somente a nossa imagem a ser refletida em foco e sim o mundo "invisível" que se esconde atrás de nós. Escolher novas perspectivas é dar chance a novas experiências.
Quando falamos de possibilidades estamos, apenas, adotando um plano diferente. E quando falamos de ser/fazer diferente as chances aumentam. A partir disso o que de fato parece ser pode não o ser se, de outra maneira, olharmos. Podemos, assim, seguir recursos de previsão e controle, mas se negligenciarmos as possibilidades estará aceitando que do contrário nada há. Mas não importa o quão igual você perceba as coisas. As chances são de que ainda existem outras maneiras de vê-las.

(G.b)

segunda-feira, 5 de março de 2012

O inabitável mundo sensível.

O Eu monoplástico. Vegetativo no modo de pensar. Perdido nas histórias histéricas que permeiam o designer gravídico superficial. Frívolo na aparência e no dizer. Caracterizando-se inexplicavelmente bruto. Pedra bruta, calcária e preta. Perdido no cardápio do ópio. Envenenado pela escória alheia, interna e suprassensível. Inadmissível, porém, sou eu. Feito de retalhos, boneca de pano. Eu que para sorrir preciso de adjetivos e para chorar um reflexo. O Eu que, ridículo, torna-me aquilo que alguns serão: simples, naturais e (in) visíveis.

(G.b)

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pergunta de algibeira.

Talvez no calar da noite fria e chuvosa nos arrependamos de não olhar para a lua e sentir as gotas pluviais que tendem a obedecer à gravidade. Sensação é coisa de momento, mas será que os momentos sobreviveriam sem as sensações?
Será que o medo de sujar a roupa ou estragar o cabelo, com as gotas que caem do céu, fará com que fiquemos trancados em nossos feudos?
Quando crianças lutávamos (eu pelo menos) contra nossos pais para sair, agora quanto mais preso, melhor. Qual é o sentido da prisão? Na idade média, o sistema feudal era sinônimo de proteção, agora no contemporâneo é sinônimo de SOLIDÃO.
Será que se nos mantivermos fechados estaremos seguros?
Um pássaro em uma gaiola está em mais segurança do que se estivesse em liberdade na natureza?
Qual é significado de ficarmos sozinhos e presos?
Deslocar a atenção dos nossos objetivos subjugando serem difíceis facilitaria nosso andar?
Julgar-se sábio facilitaria as questões?
E se o mundo fosse de chocolate a sobrevivência seria mais saborosa?
Se a cada fonte de inspiração restasse apenas uma gota de esperança, o mundo entraria na terceira guerra mundial?
Ou essa virá pela revolução tecnológica, controle do petróleo? Pela Teocracia no Irã?
E se o EU reinasse sobre o NÓS? Ah! Mas, não é isso que os E.U.A. Faz? Não é isso que a sociedade competitiva impõe? Isso é o NEODarwinismo?
Igualdade, fraternidade e liberdade cadê?
Já ouvi dizer que se você quer um mundo melhor, que comece a construí-lo com suas mãos, que outros o seguirão. Será?
Há verdades absolutas ou essas abrem espaço para refutá-las?


...

Ah! já ia me esquecendo. Perguntar resolve?
Não sei, mas abre espaço para respostas capazes de efetivarem mudanças.

(G.b)