quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Parece fácil

Somos bombardeados por uma mídia flácida. Flácida na maneira de se expressar com as igualdades e sobretudo as desigualdades. Vejo os jornais televisivos e absorvo o que me parece ser uma ideologia contraditória. Vários jornalistas redigem seus texto críticos, mas nada que possa vazar ou ir contra as diretrizes exigidas. Como profissão eles teem que ser impessoais. Impessoalidade chega a me dar vertigem. Trasfigurada em um simples "papel" dobrável as personalidades se esvaem. Antropo-socialmente como diz o filósofo Levi-strauss: "Nossa essência é formada a partir de uma estrutura." Somos moldados por uma estrutura que não vemos, alienados, somos sujeitos inconscientes para aceitações. O "Homem" corrompido pela sociedade chega a um estágio avaçado do niilismo. Ausenta-se o Valor de denotar sua existência e preponderância. Perder a noção de realidade é chegar ao ápce da intolerância. Esta também causada pela imobilidade, virtualidade e a não menos importante imediaticidade.

A tridimencionalidade do tempo põem em palta o paradoxo humano (passado, presente e futuro. O homem inserido neste tempo cronológico, com força que atualmente reveste a dimensão do presente, mas que não vive sem seu passado e espera algo bom do futuro (Isso faz parte do clichê humano). Esse mesmo volume é imposto em causa: porque se vive em tempo real e/que questiona a efetividade de uma série de outras vertentes e nos faz remeter para outras noções. Conceito, que analiso o homem como ser "presente-ausênte", pois inserido na sociedade conporta-se sem que a matéria(ser) lá esteja.

Há outros patamares que são atentamente referenciados e que enquadram tudo aquilo que se vai verificando a um nível mais do senso comum, sendo precisamente esses aspectos que são valorizados por outros analistas e estudiosos, mas sobretudo pelo cidadão comum que facilmente se rende e deslumbra com tudo aquilo que de novo vai surgindo, acelerando por isso determinado tipo de consumos e empobrecendo a realidade vigente.

(BG®)

sábado, 20 de novembro de 2010

Sórdido

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116, 117, 118, 119, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140 banalidades que escrevem no twitter que o deixa imprestável. As informações fúteis que assolam a sua página de nevegação o faz de idiota quando passa a twitar da mesma maneira.

sábado, 23 de outubro de 2010

A sós.

Talvez a trilogia seja a mesma, mas o ritmo é outro. O ser encantando-se com o desejo de apenas conquistar o "tipinho" categórico animalesco de "tentar ser."
Obscurecer o que é tangível aos olhos é negligenciar a qualidade perceptiva. Os limites encontram-se onde o desespero permanece. A crítica fosca de um "culto" não passa de um exaspero vão. Vende-se um lote na lua, talvez eu queira gastar todas as minhas economias investindo em um espaço que habitará apenas eu. Lá ao menos não haverá alegorias. Alegorizar-se não é feio, é horrível.
É tangível o modo como a sociedade reorganiza-se. Os devidos lugares se misturam. Um ecossistema perfeito. Estatisticamente a PA esclarece os fatos de que viver só é ilusório.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Disfarce psicodélico.

Parece fácil olhar com olhos surpresos a aparência de um ser. A máscara delicada desarmônica e refutável, desesperando-se para sair. Me envergonho, tenho medo do que meus olhos veem, se pudesse fecharia-os, mas o impulso incontrolável exaspera meu sentido. A diferença está em acreditar naquilo que o acaso demonstra. Provar com cientifícidade é dar valor a razão ofuscando as emoções, mas sem as emoções que sentido teria provar a verdade indubitável? O prazer com a aprovação não é uma maneira expressada/eliminada pela emoção através do neurotransmissor endorfina ligada a essa função?
A aparência é uma arte plástica mentirosa. Engana os sentidos, superficializa o ser e é uma parede não física. Admiro-me com a capacidade da mente humana em idealizar e ao mesmo tempo angustiar-se por essa. Qual o sentido de dar valor a algo que não é real?
O imaginário machuca. Esquizofrenia? Acredito, que todos tem os seus delírios ("Ideias individuais do doente que não são partilhadas por um grande grupo"). Então, Loucos, aparentemente são os que se julgam normais.

domingo, 25 de julho de 2010

Dilatou-se.

Ao colocar a mão na maceta e mover a porta com um remoto receio do que a espera do outro lado deparou-se com uma imensa escuridão. Esta não foi suficiente para impedí-la de entrar nesta sala tão observada do lado de fora.

Tateando as paredes laterais na esperança de encontrar o interruptor para aliviar sua pupila dilatada conseguiu, de repente assustando-se, acender a luz.
Um vento gélido subiu por sua coluna fazendo-a desconcertar-se diante daquela sala misteriosa.
-Mas o que é isto? - dizia ela assustada.
-Que mundo é este e essas vozes?

Era assustador e encantador e com seu jeito curioso, dentro dela, espalhava-se pela corrente sanguínea adrenalina. Todas as vozes com seus timbres ecoavam pelos quatro cantos da sala.

-De onde vem?
-Quem são vocês?

O desespero foi aumentando e o medo totalmente exalado. Um breve arrependimento tomou conta dela.
E as vozes aos prantos se contorciam umas com as outras.
De repente um grito foi emanado e tudo cessou. Por um minuto parecia que aquele terrível pesadelo tinha acabado. Mas vozes são vozes e assim diziam:
-Sim, eu o matei.
Outra voz com um timbre grave tenebroso, dizia:
-Foi naquele jardim que ficou marcada a dor da morte. Aquele mesmo jardim que você e seu Pai brincavam.

A menina olhava para todos os lados procurando o autor daquelas palavras.
-O que vocês querem?
-Parem com isso!

Uma voz suave proferia:
-Acalme-se menina, chegue mais perto vou contar-lhe a história, mas para isso toque em mim que vou transportá-la para outro mundo.
Assim vez a menina. E a voz de Catherine pronunciava a história:
-Era noite naquele dia e você e seu pai brincavam naquele jardim que hoje você não consegue mais pisar. Seu pai após horas brincando com você decidiu dar-lhe um livro para ler enquanto ia comprar cachorro quente.
-Você muito pequena e entrelaçando as palavras achou divertido no momento. Seu pai sempre dizia: -Leia minha filha para que você possa mudar o Mundo em sua volta, se não conseguir que pelo menos mude o seu mundo.
-Naquela noite ele desapareceu.

Assustada, pois ainda era muito pequena para entender os fatos Ana Beatriz jurou nunca mais pegar nestes malditos papéis de capa dura que dizem contar histórias.
Este bloqueio não permitia que ela entrasse nesta sala em que se encontrava. Ela não sabia explicar o porquê, depois do desaparecimento de seu pai, nunca conseguiu entrar neste lugar em que seu pai passava a maior parte do tempo. Na porta um letreiro com palavras convidativas faziam-na refletir. Estas eram as palavras: AQUI DENTRO PODEMOS LEVAR-TE ONDE SEUS PÉS NÃO PODEM IR.

Lá dentro, Ana Beatriz segurava em suas mãos Catherine a profetiza que retalhava todos os acontecimentos daquela noite:
-Eis-me aqui Ana Beatriz, fui escrita pelas mãos de sua Mãe Elizabete para que um dia ao despertar-te o interesse, você saberia e compreenderia a verdade.
-Nesta sala contém livros que podem levar você a lugares inimagináveis.

Aos poucos Ana Beatriz compreendeu o desfecho da história, que foi escrita por sua mãe que viu do 14º andar de seu prédio a atrocidade.
Um desfecho horripilante e infortúnio.

Naquela tarde com a presença de Ana na biblioteca de seu pai as vozes foram acalmando-se vagarosamente. Condoídos os personagens de obras magníficas, que também do 14º andar presenciaram o assassinato, silenciaram-se.
A menina naquele momento exclamou:
-Obrigada seres por mostrarem a verdade sobre esta realidade. Um mundo injusto, lá fora, que é capaz de apontar uma arma para uma menina de 7 anos e assaltarem o seu pai e executá-lo a sangue frio.
-Aqui será o meu refúgio e meu templo, com vocês meus queridos exclamadores de história poderei mudar o mundo, pelo menos o meu mundo, como dizia papai.
-Abrigada!

*************

Seu pai foi friamente executado e degolado na esquina de onde morava longe dos olhos da filha, por terroristas que não tiveram uma única oportunidade de ganhar um livro de seus pais para que pudessem mudar o mundo, pelo menos o seu mundo.


(BG®)

sábado, 24 de julho de 2010

...

" A inexistência de provas não é uma prova de inexistência."


(BG®)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ponto Alvo.

A dor nos deixa chatos e estressados. Incrível como nossa fisiologia nos possibilita momentos de êxtase e momentos infortúnios. E poucas pessoas entendem sobre esses momentos. Não entedem e não respeitam. Há dias de glórias e sofrimentos. Momentos de sermos palhaços e fazer outros sorrirem e momentos de sermos carrascos conosco. Uma guilhotina está sendo levantada. Minha mente está bloqueada parece que robaram minha criatividade e minhas fantasias. Será o cansaço ou esta maldita dor?
Olha estou ficando roxo -credo-.
Que é isto que estou vendo? É você ou sou eu?
Queria poder abraçá-lo mais perdi meus membros superiores. Agora nem posso mais movimentar as rodas de minha cadeira.
Já era difícil para atravessar a rua de uma calçada para outra por não terem acesso para deficientes.
Ano de eleição e de opróbrio.
Vou andar de skate agora -não, melhor não, posso ser atropelado por irresponsáveis que dirigem em alta velocidade, e nem poderei levantar meus braços para pedir socorro-.
Nâo posso mais me locomover, não posso andar de skate, não posso nadar, não posso abraçá-los, não posso escrever, não posso andar de bicicleta, o que eu posso fazer? Apenas continuar a pensar, à espera de que alguém cumpra as promessas feitas através de oportunidades.

( BG® - Notas de um observador complacente)

Ânsia.

Um esforço enorme para regurgitar aquilo que me faz mal. Tirar da cabeça e do coração somente através de um AVC ou infarto. Traquilidade é um coisa que me deixa a esperar. Cansado de desvincular meus objetivos. Preciso estabilizar-me.


(BG®)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Cheio de nada.

Uma antítese que deslumbra e realça o verdadeiro sentido de viver neste planeta contundente. Artificial.

À espera de colorir o cotidiano de nossas vidas fingimos estar tudo bem.


(BG®)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Os contos de fadas podem mudar a realidade?

Quando eu era um petiz acreditava em histórias contadas por meus pais, essas entremeadas por guerras, heroísmos, magias, que colaboravam para a construção de minha imaginação, hoje analizadas pelo ponto crítico de minhas interrogações. A realidade naquela época, que não faz tanto tempo assim, era filtrada por contos heróicos. Mas que destinos tomam esses contos e que destino têm os brinquedos quando seus donos crescem?
Hoje percebo que aqueles contos que papai e mamãe elaboravam eram apenas contos.
Simbolicamente entre um artefato e outro em que me esbarro caminhando para cumprir o meu destino, deparo-me com imagens que criei em meio aos meus brinquedos, quando petiz, o qual postava frente a frente meus bonecos do pawer rangers simulando uma batalha contra o mal ou entre os próprios- por falta de dinheiro para comprar bonecos simbolicamente malvados-. Agora vejo que minhas bricadeiras de uma imaginação fértil, não são tão infantis. Seres humanos apontando armas uns aos outros. Uma batalha que não está sendo manipulada pela mente de uma criança em prol de os pawers rangers acabarem com o horror que presencio, ou será que está? Será que foi eu quem criou este caos? Será que deixei escapar minha imaginação pela janela do meu quarto, ou eu mantinha algum espeão junto a mim? Qual será a esperança da humanidade com a falha que eu cometi?
-Calma, espera tem alguém batendo na porta.
Bruno seus amigos do trabalho estão te chamando para brincar - disse mamãe-.
-Ah! já vou, só vou trancar a porta do meu quarto para que meus devaneios não sejam roubados por oportunistas mau-carateres.


(BG®)

terça-feira, 13 de julho de 2010

Tudo em uma coisa só.

O clichê da sociedade atual está estampado, parafraseado nas mazelas dos indivíduos "normais": Trabalhar para sustentar-se. Hediondo!
Uma massa moldada por partidarismo, consumismo e publicidade. "Leve dois pague um." Será essa a lei da sobrevivência?


(BG®)

terça-feira, 1 de junho de 2010

A arte brasileira de ler o que não está escrito.

A educação, base estrutural da sociedade, mostra-se ineficiente em uma de suas diretrizes mais importantes: a leitura. É transparente o vício de subestimar as dificuldades na arte de ler, ou melhor dito, na arte de entender o que foi lido. Para muitos, saiu da escola, sabe ler.
É preocupante ver a liberdade com que alguns leitores interpretam os textos. Muitos se rebelam com o que não está escrito. indignam-se com o que acha que o autor quis dizer. Decretam que o escritor é um horrendo neoliberal e decidem que ele pensa assim ou assado sobre o assunto, mesmo que o texto diga o contrário.
Não é difícil desafiar o escritor por suas obras, tampouco é errado ou condenável expressar as conclusões sobre o autor ou sobre as consequências do que ele está dizendo. Mas nada disso pode ultrapassar a sua lógica. Aliás, a discussão só avança se a lógica for afogada pela indignação.
Esse é o fato que precisa ser resolvido de maneira que todos tenham consciência do problema generalizado. Sem uma correta participação da opinião educada, dificilmente nos encaminharemos para uma solução. Mesmo que muitos não pequem na ortografia, as crases compareçam assiduamente e a sintaxe não é imolada, alguns não sabem ler. Sua imaginação criativa não detém sobre a lógica aborrecida no texto. É a vitória da semiótica sobre a semântica.


BG(®)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Prazenteiro.

Firmeza, Proteção, Redução de linhas, hidratação entre outros benefícios de efeitos retardatórios. Renew Reversalist é o primeiro tratamento cosmético anti-idade, ajuda a reativar o processo de restauração celular e reverter as rugas, deixa a pele renovada. Será que nos catálogos da AVON vendem também ALMA?
Não, não vendem. Também já procurei para rejuvenescer meu processo de espírito.
Vou mandar-lhes um e-mail de reclamação, comunicando ou postulando produtos que renove meu estado emocional.
Retardar o envelhecimento para quê?
Rostos de linhas perfeitas, estão piores que bonecas, o que antes estas copiavam os traços humanos, hoje os humanos copiam seus traços plastificados. Já nem precisam mais ir a um especialista para a injeção de butox, agora esse produto é lançado através de pistolas de brinquedos nas ruas. Cuidado você bom cidadão que não se incomoda com suas rugas, para não ser atingido por um tiro de butox.
Olha estou lendo que a eficácia deste produto RENEW é visível em 4 semanas. Milagroooso.
Não comedogênico, ta!?
Não pense que ingerí-lo vai restaurar também seus órgãos internos.
Nestes produtos cosméticos há inúmeras promessas de melhorias, parece um discurso político.Esta melhoria sintética está cada vez mais em alta.
Ah! Se vendessem esperança, coragem, paciência. Creio que renderia mais dinheiro.
Produtos tão raros hoje em dia.
Todas essas alternativas lançadas no mercado, são para trazer à tona a juventude, e nós trouxas, ogros do pântano caímos neste jogo de marketing. Máscaras produzidas para animar o ego.
Um ego perdido, ofuscado pela pressa do dia a dia, pelo estresse, pelo trânsito que você ajuda a formar-se.
O problema é que buscamos voltar ao passado, aquele passado da infância onde não se tinha problemas, preocupações, responsabilidades, onde a pele era lisinha, pele de pêssego, onde todos os olhares eram voltados para nós, nós nos carrinhos assustados com os amigos de nossos pais apertando nossas bochechas. Aquele tempo mágico que indústrias de cosméticos tentam buscar.
Quer se tornar jovem sempre?
Aprenda então a dar valor em seu dia a dia.


BG(®)

domingo, 23 de maio de 2010

Vertigem.

Qual mulher que não tem um espelho dentro de sua bolsa? Qual jovem ou até mesmo adultos amantes das fotografias, nunca tirou uma foto de frente com o espelho? Por quê?
Será que é para pegar o reflexo do próprio ou para também atingir os pontos periféricos não alcançados por nossa visão? Por que o espelho? Côncavo ou convexo? Será ele o mais novo e sincero amigo?
Reflexo, reflexo, reflexo...
Minha imagem, teus pensamentos, ou os meus quando visto por mim.
Espelho côncavo: Para pessoas egocêntricas, cujo eu não passa de uma supervalorização particular. Ta! Dentistas de plantão, não estou me referindo a vocês pois sei que usam como objeto de trabalho para nossa saúde bucal.
Espelho convexo: Para pessoas altruístas, que decidem usá-lo para aumentar seu campo visual, diminuindo sua imagem e olhando para os campos imperceptíveis. uhum! Também usados nos supermercados, não pensem que é para você ficar admirando-se.
Ao invés de chamarmos este objeto de espelho, por que não mudamos para amigo?
Pois esse tem sido seu trabalho. O espelho é mais sincero, quando estamos com os dentes sujos ele não mente, quando andando pela rua -você mulher- pega seu amigo e sem hesitar ele fala logo na sua cara -você está parecendo uma palhaça com este batom todo borrada. Sem pestanejar ele reflete a verdade nua e crua.
E por que os seres humanos não exercem para com seus amigos esta mesma função? Ser sincero.
Uma repreção medíocre. Um medo de ofender -apavorante-.
O espelho no entanto mostra uma realidade diferente. Ele sempre perguntará, por que ser igual aos outros?
O espelho não dá, ele vende a sua introspecção. Compre-a!


(BG®)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Termos essenciais da vida.


O Sujeito cada qual com o seu predicado não são difíceis de ser encontrado. Na gramática da vida não passa de um substantivo próprio.
Elemento do qual damos algumas informações.
Sujeito simples: aquele pacato indivíduo no qual o seu único núcleo não é indispensável.
Composto, sujeito determinado a somar-se a outros para demonstrar seu valor.
Sujeito oculto: aquele sujeitinho que se afasta furtivamente de seus atos, procurando ofuscar suas pistas esquecidas, mas deixa sempre seu ponto elíptico na sociedade.
AAAh..
Sujeito indeterminado: difícil de analisar. Um sujeito com o qual suas ações não aparecem, seguidos ou não do pronome apassivador (se) que passada para a voz ativa, passa a praticar uma ação. Difícil, indico-lhe uma gramática para entender melhor as ações executadas por esse em nossa sociedade.
Ainda há àquela população sem sujeito, cujos indivíduos impessoais se escondem atrás dos fenômenos da natureza ou através dos seus atos de ligação indicando tempo cronológico.
Não sejamos apenas um sujeito simples, até mesmo porque temos o nosso predicado verbal, nominal ou verbo-nominal, ações que informam sobre nós, denotando à nossa existência. E não nos esqueçamos de nossos termos acessórios, mostrando assim nossa transitividade em um contexto não-intelectual.


BG(®)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Alerta...


Que é mais perigoso para o Brasil, apoiar o Irã no enriquecimento de urânio ou continuarmos pagando impostos para o enriquecimento de corruptos?


BG(®)

Lamente-se, talvez.


A maioria dos bebês são coincidências. Há tantas almas vagando esperando para serem anexadas e aqui na terra duas pessoas faz sexo e pronto, coincidência. É claro que todos planejam famílias perfeitas, só que na verdade a maioria dos bebês são frutos de porre e de realizações sexuais descontroladas. Eles são acidentes. Só pessoas com problemas, realmente os planejam. Acontece que a vida virou uma brincadeira.
Mas coincidência ou não estamos aqui.
Na verdade a vida é uma ironia. E com essa, trança destinos que às vezes temos possibilidades de controlar (livre arbítrio). É inacreditável percorrer pelas ruas e ver crianças que ao invés de brincarem estão brigando, ameaçando umas as outras, fazendo do parquinho da praça um verdadeiro campo de guerrilha. É deprimente se deparar com um filho saindo aos gritos de casa com o seu carro (novo de presente de aniversário). E mais tarde ficarmos sabendo da triste notícia. Ironicamente ou não a vida nos prega peças.
Mas sabe o que é mais difícil de engolir?
É que muitos não estão nem aí. Estar vivo hoje ou amanhã tanto faz, no final eu vou morrer mesmo -pensam.
Não sabem o que é estar em estado patológico, não digo por mim, mas estou condoído pela realidade que me cerca. Ontem foi um, hoje é outro, amanhã pode ser eu.
Sofrer por um amor perdido, ainda não é o fim.
Fim é ver as sessões de quimioterapia e ver suas reações adversas...
Você tem noção do que é um medicamento para destruir suas células doentes que formam o tumor, sabendo que cada organismo reage de uma maneira?
Coloque-se no Lugar do doente. Sabendo que tem neoplasias malignas e que não tem outra saída senão a MORTE. O que fazer, quando?
Qual é a verdadeira razão de aceitarmos a vida?
Cometer a eutanásia seria a solução do problema, ou estaríamos impedindo a resolução de um milagre?
Aí derrepente, vem à morte.
É difícil de entender.
A morte é só a morte a interrupção do seu caminho.



BG(®)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Salvem as vogais



- Martha Medeiros

O que pode ser mais miserável do que uma pessoa faminta, sem teto, sem futuro, sem saúde? Sabemos que não são poucos os miseráveis do país, mas às vezes esquecemos da quantidade também imensa de miseráveis que está em nossa órbita, cuja barriga não está vazia, mas a cabeça, totalmente.

Acompanhei a transcrição dos chats que foram divulgados pela imprensa, para que se saiba mais sobre o que aconteceu com aquele rapaz que morreu num posto de gasolina, depois de uma briga. Lula nem precisava levar os ministros para o Nordeste para que eles conhecessem a pobreza extrema, bastaria que entrassem numa sala de bate-papo virtual. Miséria psicológica também atola um país.

Dependendo da escolha do assunto, é possível encontrar na internet conversas que fazem sentido, com frases que têm começo, meio e fim, mas na maioria das salas o que costuma rolar é um papo furado da pior qualidade, com altos teores de vulgaridade e agressividade. Um bando de seres abreviados, tal como escrevem. Um miserê de dar medo.

A fome de pão e leite tem que ser saciada com urgência, mas nossa miséria é mais ampla e se manifesta de várias maneiras, não só através da perda de peso e dos ossos aparecendo sob a pele. Miséria é perda de discernimento. Perda de amor-próprio. Perda de limites. Até perda de vogais: vc q tc cmg? Normal: códigos de internautas. Mas me diz se não é o retrato da penúria.

Eu vejo miséria por todos os lados, em todos os andares dos edifícios, dentro dos carros, fora deles, em portas de escolas e dentro delas, do lado de fora da nossa casa ae também ali comodamente instalada, miséria espiritual, miséria afetiva, miséria intelectual, indigências que tornam o ser humano cada dia mais tosco e bruto. Eu sei que a vida é assim mesmo, que os tempos são outros, que não adianta vir com moralismo e com este papo de que a família tem que participar mais da vida dos filhos, nada adianta, o rio vai seguir correndo para a mesma direção. Eu sei. Mas não me conformo.

O alfabeto tem 21 consoantes, se contarmos o K, o Y e o W. E apenas cinco vogais. Perdê-las é uma metáfora da miséria humana. Cada dia abandonamos as poucas coisas em nós que são abertas e pronunciáveis. Daqui a pouco vamos apenas rugir. Grrrrrrr. E voltar para a caverna de onde todos viemos.

NOSSOS DIAS MELHORES NUNCA VIRÃO?



Ando em crise, numa boa, nada de grave. Mas, ando em crise com o tempo. Que estranho "presente" é este que vivemos hoje, correndo sempre por nada, como se o tempo tivesse ficado mais rápido do que a vida, como se nossos músculos, ossos e sangue estivessem correndo atrás de um tempo mais rápido.

As utopias liberais do século 20 diziam que teríamos mais ócio, mais paz com a tecnologia. Acontece que a tecnologia não está aí para distribuir sossego, mas para incrementar competição e produtividade, não só das empresas, mas a produtividade dos humanos, dos corpos. Tudo sugere velocidade, urgência, nossa vida está sempre aquém de alguma tarefa. A tecnologia nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas, fábricas vivas, chips, pílulas para tudo.

Temos de funcionar, não de viver. Por que tudo tão rápido? Para chegar aonde? A este mundo ridículo que nos oferecem, para morrermos na busca da ilusão narcisista de que vivemos para gozar sem parar? Mas gozar como? Nossa vida é uma ejaculação precoce. Estamos todos gozando sem fruição, um gozo sem prazer, quantitativo. Antes, tínhamos passado e futuro; agora, tudo é um "enorme presente", na expressão de Norman Mailer. E este "enorme presente" é reproduzido com perfeição técnica cada vez maior, nos fazendo boiar num tempo parado, mas incessante, num futuro que "não pára de não chegar".

Antes, tínhamos os velhos filmes em preto-e-branco, fora de foco, as fotos amareladas, que nos davam a sensação de que o passado era precário e o futuro seria luminoso. Nada. Nunca estaremos no futuro. E, sem o sentido da passagem dos dias, da sucessibilidade de momentos, de começo e fim, ficamos também sem presente, vamos perdendo a noção de nosso desejo, que fica sem sossego, sem noite e sem dia. Estamos cada vez mais em trânsito, como carros, somos celulares, somos circuitos sem pausa, e cada vez mais nossa identidade vai sendo programada. O tempo é uma invenção da produção. Não há tempo para os bichos. Se quisermos manhã, dia e noite, temos de ir morar no mato.

Há alguns anos, eu vi um documentário chamado Tigrero, do cineasta finlandês Mika Kaurismaki e do Jim Jarmusch sobre um filme que o Samuel Fuller ia fazer no Brasil, em 1951. Ele veio, na época, e filmou uma aldeia de índios no interior do Mato Grosso. A produção não rolou e, em 92, Samuel Fuller, já com 83 anos, voltou à aldeia e exibiu para os índios o material colorido de 50 anos atrás. E também registrou, hoje, os índios vendo seu passado na tela. Eles nunca tinham visto um filme e o resultado é das coisas mais lindas e assustadoras que já vi.

Eu vi os índios descobrindo o tempo. Eles se viam crianças, viam seus mortos, ainda vivos e dançando. Seus rostos viam um milagre. A partir desse momento, eles passaram a ter passado e futuro. Foram incluídos num decorrer, num "devir" que não havia. Hoje, esses índios estão em trânsito entre algo que foram e algo que nunca serão. O tempo foi uma doença que passamos para eles, como a gripe. E pior: as imagens de 50 anos é que pareciam mostrar o "presente" verdadeiro deles. Eram mais naturais, mais selvagens, mais puros naquela época. Agora, de calção e sandália, pareciam estar numa espécie de "passado" daquele presente. Algo decaiu, piorou, algo involuiu neles.
Lembrando disso, outro dia, fui atrás de velhos filmes de 8mm que meu pai rodou há 50 anos também.

Queria ver o meu passado, ver se havia ali alguma chave que explicasse meu presente hoje, que prenunciasse minha identidade ou denunciasse algo que perdi, ou que o Brasil perdeu... Em meio às imagens trêmulas, riscadas, fora de foco, vi a precariedade de minha pobre família de classe média, tentando exibir uma felicidade familiar que até existia, mas precária, constrangida; e eu ali, menino comprido feito um bambu no vento, já denotando a insegurança que até hoje me alarma. Minha crise de identidade já estava traçada. E não eram imagens de um passado bom que decaiu, como entre os índios.
Era um presente atrasado, aquém de si mesmo. A mesma impressão tive ao ver o filme famoso de Orson Welles, It's All True, em que ele mostra o carnaval carioca de 1942 - únicas imagens em cores do País nessa década. Pois bem, dava para ver, nos corpinhos dançantes do carnaval sem som, uma medíocre animação carioca, com pobres baianinhas em tímidos meneios, galãs fraquinhos imitando Clark Gable, uma falta de saúde no ar, uma fragilidade indefesa e ignorante daquele povinho iludido pelos burocratas da capital. Dava para ver ali que, como no filme de minha família, estavam aquém do presente deles, que já faltava muito naquele passado.

Vendo filmes americanos dos anos 40, não sentimos falta de nada. Com suas geladeiras brancas e telefones pretos, tudo já funcionava como hoje. O "hoje" deles é apenas uma decorrência contínua daqueles anos. Mudaram as formas, o corte das roupas, mas eles, no passado, estavam à altura de sua época. A Depressão econômica tinha passado, como um grande trauma, e não aparecia como o nosso subdesenvolvimento endêmico. Para os americanos, o passado estava de acordo com sua época. Em 42, éramos carentes de alguma coisa que não percebíamos. Olhando nosso passado é que vemos como somos atrasados no presente. Nos filmes brasileiros antigos, parece que todos morreram sem conhecer seus melhores dias.

E nós, hoje, nesta infernal transição entre o atraso e uma modernização que não chega nunca? Quando o Brasil vai crescer? Quando cairão afinal os "juros" da vida? Chego a ter inveja das multidões pobres do Islã: aboliram o tempo e vivem na eternidade de seu atraso. Aqui, sem futuro, vivemos nessa ansiedade individualista medíocre, nesse narcisismo brega que nos assola na moda, no amor, no sexo, nessa fome de aparecer para existir. Nosso atraso cria a utopia de que, um dia, chegaremos a algo definitivo. Mas, ser subdesenvolvido não é "não ter futuro"; é nunca estar no presente.
Arnaldo Jabor

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Liberdade em um momento turbulento.


Intermediando uma época revolucionária no contexto histórico, Alice no País das Maravilhas apareceu para tornar reflexivo o que já se havia alienado. Uma obra maravilhosa que dita os prazeres e devaneios de uma criança com tamanha exuberância e espontaneidade de se libertar do mundo do caos (subentendido) pelas referências ao contexto político da Inglaterra, como a relação entre a Rainha de Copas e a Rainha Vitória. Ler a obra nos possibilita entrar em um mundo Surreal ofuscada pela padronização, correria cotidiana e falta de introspecção. De fato Alice ainda permanecerá viva no imaginário das pessoas, são claro, aquelas que se interessam por uma boa obra literária.



BG(®)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O preconceito que postula o apoliticismo.


Qual o motivo do descaso e da rejeição da política?
Como desvalorizar algo que faz parte da vida humana?

Pois bem, certa ignorância inefável supera a consciência de que política é essencial. Talvez por relatos que ficam na história e que os seres humanos não conseguem apagar de suas memórias. Como por exemplo, o José Sarney que assumiu a Presidência da República, após a morte de Tancredo. Ao final de seu governo, o país estava um caos. Contudo, Sarney marcou seu fim com uma superinflação e um rosário de denúncias de corrupção. A história não nega.
A política aflige a sociedade quando citada, pois essa não entende seu real valor. Não percebem que ao andar pelas ruas e se depararem com um semáforo, seja um motorista ou um pedestre, o sinal vermelho os impedem de transitar. Imagine se uma Companhia de Engenharia de Tráfego retirasse o semáforo, reinaria a confusão.
O sinal é um instrumento de regulação do deslocamento cuja ação é a garantia de que todos passarão. A questão de fato é, reorganizar a harmonia e a interação do meio em que vivemos. O exemplo citado demonstra que a política é constituinte do ser humano. O homem é um animal social. Essa sociabilidade desenha o campo da ação compartilhada e se concretiza no jogo da intersubjetividade.
Essas formas de regular a ação não são naturais. Mas uma forma racional atribuída ao homem , pois sendo ele um animal racional, garante à patente da grande e bela invenção a política. Afastem-se, pois assim, os equívocos de uma visão simplista e tosca do senso comum, representada pelas ideias de que a política é algo dispensável!

Trago então à memória o poeta alemão Bertoet Brecht:

O analfabeto político

O pior analfabeto
é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, não participa
dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe,da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito
dizendo que odeia política.
Não sabe o imbecil
que da sua ignorância política
nascem a prostituta, o menor abandonado,
o assalto e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra, corrupto
e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.


BG(®)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Não.


Você pode ferir o meu corpo, você pode denigrir minha imagem, mas NÃO permitirei que você cause em minha mente um descontrole emocional.


BG(®)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Onde ir?


Direita, esquerda, frente, atrás, Para o NOrte? Não sei para onde o mundo vai. Não sei para onde olhar. E neste breu eu caminho. Todos seguem iguais. E eu o oposto da igualdade sigo em direção distinta. Cada um sabe a força tem, na defesa ou na escolha de ser feliz. Caminho por uma estrada diferente, procurando aquilo que seus olhos não conseguem ver. O mundo vem de lá para cá, então é pra lá que eu vou. Andado por aqui, por ali, por lá, acolá...
A beleza obscurece a essência de um igualitário (modista). Um eu repartido, alienado, superficial. Não consigo esperar de alguém, pois o mundo todo divide. Divide entre o Ter e o ser. Você é aquilo que tem, ou tem aquilo que você é?
O sol e a terra tem uma sintonia surpreendente, faz com que acreditemos que caminhem em direções opostas. Porém, apenas um segue seu caminho. Rotação, translação, ilusão. inefável!
A semiótica caminhando para a linha de chegada.


BG(®)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bom, ruim, verdade ou falsidade.

Bom é acordar com os sons do cantarolar dos pássaros. Ruim é ouvir apenas a voz do superego. Ruim é ouvir o falso sim, ou o “talvez” que acumula uma porção de incertezas. Falso é sentir a chuva caindo sobre o rosto para tampar as verdadeiras lágrimas. Bom é almejar um futuro brilhante, ruim é quando a ganância sobre este futuro faz mal a alguém. Falso é querer agradar a todos. Ruim é ver bandidos mortos por policias com 10 tiros. Estes não têm justificativa por qualquer que tenha sido o crime cometido, 1 bala já causaria a morte, o resto era vontade de matar.

Bom é sofrer o hiato na vida, pois um único momento de solidão é preciso para encontrar a si mesmo. Bom Mesmo é Viver e a Verdade é sentir-se feliz com isso. Mesmo sabendo que não tem como eu julgar o real e o verdadeiro, pois a verdade é aquilo que vejo sobre o real, e o real não é 100% verdadeiro.




BG(®)