domingo, 14 de abril de 2013

Abandone, retire e atire-se em si mesma, Maria!

Há um limite. Há uma roupa que limita.
[L]imita, imita.
Trás em si posto. E o oposto paralisa.
Para e alisa.
Retire, respire e não pire. 
Uma peça de cada vez. Primeiro a camisa.
A cama está pronta e lisa.
Retire! Maria. Sua cor, sua dor e seu amor da caixa.
Encaixe suas mãos e desabotoe.
Conheça seu rosto e seu corpo. Seu calor e amor. 
Fique nua.
Seu cheiro, seus seios e o seu rebolar.
O ar que expira e inspira ofegante.
"Maria! Que não é puta.
Maria! Que luta."
Maria que conhece a si mesma. Retire! Maria.
Retire e atire.
Jogue as ventos o seu gemer, o seu gritar e cantar.
Marias de várias faces. Marias diferentes
Marias que sentem. Marias que não mentem.
Marias que trabalham. Que sempre lutam pelos outros e esquecem de si.
Maria, transpire seu amor.
Não há vergonha. Admita!
Alivie-se. Reconheça-se. Aceite-se.
Deixe o mundo-imundo ver isso também.
Importune o mundo e oportune a si.
Porque...
Bom, não é preciso de um porque. Apenas, sinta sua pele
nua e crua. É nela que reside todas as sensações e emoções.
Emocione-se ao SEU toque.

(G.b.)


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