domingo, 14 de abril de 2013

Abandone, retire e atire-se em si mesma, Maria!

Há um limite. Há uma roupa que limita.
[L]imita, imita.
Trás em si posto. E o oposto paralisa.
Para e alisa.
Retire, respire e não pire. 
Uma peça de cada vez. Primeiro a camisa.
A cama está pronta e lisa.
Retire! Maria. Sua cor, sua dor e seu amor da caixa.
Encaixe suas mãos e desabotoe.
Conheça seu rosto e seu corpo. Seu calor e amor. 
Fique nua.
Seu cheiro, seus seios e o seu rebolar.
O ar que expira e inspira ofegante.
"Maria! Que não é puta.
Maria! Que luta."
Maria que conhece a si mesma. Retire! Maria.
Retire e atire.
Jogue as ventos o seu gemer, o seu gritar e cantar.
Marias de várias faces. Marias diferentes
Marias que sentem. Marias que não mentem.
Marias que trabalham. Que sempre lutam pelos outros e esquecem de si.
Maria, transpire seu amor.
Não há vergonha. Admita!
Alivie-se. Reconheça-se. Aceite-se.
Deixe o mundo-imundo ver isso também.
Importune o mundo e oportune a si.
Porque...
Bom, não é preciso de um porque. Apenas, sinta sua pele
nua e crua. É nela que reside todas as sensações e emoções.
Emocione-se ao SEU toque.

(G.b.)


quinta-feira, 28 de março de 2013

Vai uma receita nova aí?

Tudo merece atenção.Tensão de olhar, de ouvir e de ter concentração para compreender o que se passa. Aquilo que é transposto, deixado para trás, aquilo que o tempo pede mais. Um chocolate maior, um beijo mais demorado, um filme encantador, uma amizade robusta, pais com vidas eternas, uma vida de amor e tempero. Tamanha rigidez seria a vida se dela não fizessem parte o sal, o açúcar, o mel, a sálvia, o orégano, o coentro, o manjericão, a salsinha e o cheiro verde?
Na união ou combinação de várias coisas a comida, ou melhor, a vida vai ganhando corpo. Se ainda estiver aguada misture em uma copo uma porção de água e farinha e acrescente na panela, verás o quão volumoso o preparo resultará. Acrescente também uma boa música, uma boa taça de vinho, um violão, um par de chinelos e um caminhar ao pôr do sol. Ao andar leve sempre uma garrafa d'água, evite desidratação.
Peça com licença, passe, diga obrigado com um belo sorriso. Você pode não receber outro, mas não se importe com isso, se lembra daquele mel? Então, nesses momentos você deverá usar.
Não se preocupe com o tempo de preparo. Pode levar alguns minutos, horas, dias ou até uma vida inteira. Confesso, que até hoje não adicionei meus temperos todos. Estou adicionando aos pouquinhos, algo equilibrado. Ok, vou contar mais uma coisinha, já deixei cair sal e limão demais. Resultado? Fiquei azedo. Quem gosta de algo assim? Tive que ir reajustando-me.
A fôrma? São várias. Você pode usar uma "quadrada". Assim, como aquelas doutrinas que o cercam em quatro cantos. Você pode usar uma redonda, que pode ser como um círculo vicioso. Há, também, aquelas sem fundo, mas retirando esse você pode cair. Há as de silicone que, hoje, qualquer cirurgião resolve. São várias as opções. Ainda não escolhi em qual me encaixo. Acho que nem me encaixo na verdade, afinal nem terminei de condimentar-me a fim de alcançar o bom gosto.

(Ah!)tenção, tensão, tesão, pressão. Concentre-se, reveja o seu copo de medida. 100ml de leite? Uma xícara de farinha? e/ou uma colher de paixão? Atenção! Misture bem e se delicie com o VIVER. Mas será que resultará em um gosto bom? Bom, só provando para saber.


(G.b)

sábado, 5 de janeiro de 2013

Respotas...



Em Repostas a um Questionamente que uma Colega fez sobre: Por que as pessoas falam errado?


Posso argumentar? Já argumentando. Na contramão do moralismo vou expor o que penso disso: As perguntas das quais fez, instigaram-me há tempos quando passei a me interessar muito pela gramática normativa. São pontos que qualquer, mínimo, interessado levantaria ao defrontar-se com a LINGUAGEM. E diante desta é que se vem o assombro, onde segundo o dicionário Priberam faz referência a (1)  "Expressão do pensamento pela palavra, pela escrita ou por meio de sinais." (2) " O que as coisas significam.". Contudo quando algumas pessoas expressam-se fogem, distanciam-se do que seria o "formal" no qual exige normas e maneiras. Levando em consideração ao que é um fator somatório à essa deficiência social, a falta de leitura pode ser compreendida de duas maneiras: (1) Descaso; (2) Falta de tempo e negligência. Sobre a primeira, refiro-me ao fato de simplesmente não dar a devida importância objetivando, no decorrer de tempo prático, uma melhora em seu desenvolvimento verbal. Sobre o segundo, refiro-me a desorganizada vida de "nós" - sociedade brasileira não educada para tal ato - negligenciarmos o simples fato de que ao abrir os olhos, ao acordar já se está fazendo uma leitura, de modo que de acordo com sua história de aprendizagem pode-se aprender que dados objetos tem nomes e significados.  A essa última menção, sobre o que seria COMPORTAMENTO VERBAL sugiro a leitura sobre o assunto com o Autor Skinner e outros. Devido a variedades de  fatores adicionada à falta de leitura, quando ALGUMAS pessoas recebem a incumbência de exprimir-se cometem falhas. E destas muitas vezes por não terem sidas estimuladas no decorrer da aprendizagem, terem sofrido algum tipo de coerção mesmo aquela "simples brincadeira": "a para de falar certinho, como você é nerd;" assim aumentando as chances dessas imitarem outras pessoas falando errado ou fazendo uso de gírias para serem aceitas naquele grupo e falta de policiamento com o objetivo de procurar melhorar, visando uma boa prova, concurso e não menos importante um ótimo diálogo. Convém ainda citar que ao fazer essa critica da não dedicação das pessoas fazemos de modo não perceptível uma classificação no qual em um grupo estão pessoas que falam "certo" e em outro as que falam "errado" sendo este um agravante da situação, pois ao classificarmos estamos colocando à margem aquelas pessoas que poderiam e querem "evoluir". Deste modo, em oposição a classificação moral, basta-nos apoiar e incentivar aos que querem aprender. E àqueles "desinteressados" mostrar que podem conseguir coisas boas e um futuro bom dedicando-se aos estudos. Assim, deixo uma dica: VOCÊ (NÓS) + FORÇA DE VONTADE + TREINO = ÓTIMO RESULTADO. Isso é em qualquer área seja na LINGUAGEM, ou outras.

(G.b)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Às vezes acontece. E o que você faz a partir disso?

"Foi através do vento, brisa lenta, que ao dançar pela pista foi semeada ao chão duro e "calcário", onde não havia espaço, não havia adubo, não havia um lugar que se houvesse a possibilidade de escolha não seria ali o seu assento. Contudo, ali mesmo, logo ali foi o seu depósito. Naquele lugar aparentemente saudável, amistoso e calmo. Aparentemente! ".

Seguidamente, a história caminhar-se-á a um desfecho. Póstumo, eu diria. No entanto, o encarno daquilo que não se cala ao ser pensado. À margem, segue. Adiante. Registra o começo, porém o fim pode ser o contrário...

"O aparente naquele lugar, era algo distorcido. Não havia uma posição, um local, ou melhor, outra lente que pudesse tornar o foco ou em foto o que ali se transparecia. Aos olhos da pequena, tudo era grande, amedrontador e com olhos famintos, feios, ferozes e ruim. E ela alí, pequenininha ainda. Era alí mesmo que a brisa queria que ela ficasse. Ainda deu um empurrãozinho, ajustando-a melhor no local, logo a brisa não queria ser odiada. Não havia escolha, não tinha como fugir, não sentia mais o frescor de um vento suave passarelando por onde estava. Sem sombra de dúvida, era alí que tinha que ficar e sabia que ao se atentar para tal enfrentaria várias intemperanças. Pois é, de momento o tempo foi caminhando. Aos poucos não era mais pequena. Desenvolvia-se para cima e para baixo, não essa fosse, também, a sua escolha, mas era sensível às suas mudanças. Percebia-se compatível com aquilo. Não era mais frágil, nem tão pouco medrosa. Pelo contrário, lutava fortemente "pelo seu lugar ao sol". Esticava-se para cima e no mesmo ritmo fincava-se no inóspito. Verde e encantadora não se deixava abalar por orgulho de si mesma. Pelo contrário, sabia que se daquela maneira transformando-se, proveniente das ações que dali foram possível ser feitas, mantinha-se em seu lugar. Aquele mesmo lugar, onde fora fixada. Àquele acontecimento, sua escolha foi: crescer."  

E aí, aconteceu! E agora?

(G.b.)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

The Game.

O jogo começa com dois competidores. Ambos defendendo os seus "desejos", espaços, sentimentos agradáveis de querer chegar ao ápce do poder. Uma briga que pode, no início, até sangrar. Indivíduos que se engajam em uma luta com resquícios de cooperação. Alto custo energético. Proventos. Raiz de um processo. Resultados? Uma nova vida. Uma nova carta é lançada fora do baralho, com choros, balbucios, pequenos arco-reflexos como o sorriso. Dizem que se parece com um joelho, no começo, mas logo ganham seu espaço, mimos entre outros.
Até certo ponto este princípio é rodeado de cuidados, porque, claro, esta "carta" fora do baralho necessita de suporte, de alguém ou alguns que garantam a sua sobrevivência. Entretanto, com o passar do tempo às coisas mudam. Não é mais preciso que suas mãozinhas sejam seguradas evitando quedas e ferimentos graves. Com a série ininterrupta e eterna de instantes, por si só, descobre novas coisas, caminhos e lugares. Os anos vão passando e as experiências sendo acumuladas. Erros e acertos vão se dividindo. A realidade vai se materializando de modo a deixar claro que VIVER é difícil. Come-se mais arroz, feijão, macarrão, açúcar para dar conta de tanto gasto energético. Alguns ultrapassam o limite e ficam obesos e hipertensos, mais um desafio a ser combatido neste jogo.
De infanto para juvenil. De juvenil para adulto. De adulto para velho ou idoso para ser mais eufemístico. Um decurso, onde às vezes pode ser interrompido com as surpresas deste período, onde se respira, come, bebe. -Vai uma água ou uma vodca? Escolhas! Um rumo que cada pessoa ei de ficar: entre. Entre uma coisa e outra. Entre um sim ou um não. Entre sair ou entrar. Entre o vermelho ou o preto. Dúvidas que exaltam os ânimos liberando emoções e mais uma vez o "DESEJO" ou "DESEJOS". Mas há um porém, não se pode ter tudo que desejas, porque para obter algo exige-se preferências e estas eliminam as opções. Pode escolher o fio verde, ou vermelho, ou amarelo, mas se lembre de que junto virá uma consequência, pode ser ela boa ou ruim e as chances de mudanças provém desse instante.
Às vezes, não como acidentes, consequências boas acontecem. São frutos do flerte entre o certo e o errado, de um acordo entre o que estava predestinado e o quanto lutou para alcançar o desejado. São escolhas como estas que demonstram o lugar onde a vida acontece. Mas, e se não der certo?
E SE deste exercício ou passatempo entre você ("carta" fora do baralho) e a VIDA, onde um ganha e outro perde, a derrota for consumada, lembre-se: há um recomeço. É como na luta travada por seus pais no octógono e seus lençóis, onde foi possível gerar uma nova vida. Recomeçar também o é!

(G.b)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ajustando o "foco"

Pode acontecer de o dia começar cinzento. Pode acontecer do mesmo começar chuvoso. Pode acontecer de acordarmos atrasados ou até mesmo quatro horas antes do horário costumeiro. Há possibilidade de que acorde bem e durma mal. De que o dia seja bom para uns e ruim para outros. Suceder inesperadamente aquele pedido de casamento ou aquele término de namoro por sms trocadas ao telefone. Sobrevir aquilo que tanto se esperou e correu atrás para que um dia pudesse, em momento de júbilo, sentir-se bem e realizado. Pode ocorrer o contrário, também. Pode dar um sorriso a uma pessoa desconhecida. Pode, segundos depois, evitar um conhecido. Pode ser que algo seja suficiente. Que a diligência militante não seja mais eficaz. Possibilidades! Vivemos em um mundo onde tudo é possível.
Um sonho pode se tornar realidade. Uma realidade pode virar um pesadelo. Do lado contrário tudo é diferente. Você pode olhar o cinza do céu como uma mistura de preto e branco ou que Deus não acendeu a luz para que pudesse dormir mais um pouquinho. Que as gotinhas da chuva massageiam a pele ao tocá-la. Que as horas podem ser deixadas de lado. Compreender que ao olhar o espelho não é somente a nossa imagem a ser refletida em foco e sim o mundo "invisível" que se esconde atrás de nós. Escolher novas perspectivas é dar chance a novas experiências.
Quando falamos de possibilidades estamos, apenas, adotando um plano diferente. E quando falamos de ser/fazer diferente as chances aumentam. A partir disso o que de fato parece ser pode não o ser se, de outra maneira, olharmos. Podemos, assim, seguir recursos de previsão e controle, mas se negligenciarmos as possibilidades estará aceitando que do contrário nada há. Mas não importa o quão igual você perceba as coisas. As chances são de que ainda existem outras maneiras de vê-las.

(G.b)

segunda-feira, 5 de março de 2012

O inabitável mundo sensível.

O Eu monoplástico. Vegetativo no modo de pensar. Perdido nas histórias histéricas que permeiam o designer gravídico superficial. Frívolo na aparência e no dizer. Caracterizando-se inexplicavelmente bruto. Pedra bruta, calcária e preta. Perdido no cardápio do ópio. Envenenado pela escória alheia, interna e suprassensível. Inadmissível, porém, sou eu. Feito de retalhos, boneca de pano. Eu que para sorrir preciso de adjetivos e para chorar um reflexo. O Eu que, ridículo, torna-me aquilo que alguns serão: simples, naturais e (in) visíveis.

(G.b)